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Golpe Militar de 1964 completa 61 anos: Lula reforça defesa da democracia no Brasil

Nesta segunda-feira (31), o Brasil marca os 61 anos do golpe militar de 1964, um evento que deu início a um regime ditatorial de 21 anos. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aproveitou a data para destacar a importância da democracia e a necessidade de sua constante defesa. A manifestação ocorre poucos dias após o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tornar-se réu em um processo que investiga uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

Lula e o compromisso com a democracia

Através de uma postagem na rede social X (antigo Twitter), Lula enfatizou a relevância dos direitos humanos, da soberania popular e do voto como instrumentos fundamentais para a escolha dos representantes do país. Ele alertou para ameaças autoritárias que ainda persistem e destacou que a democracia é essencial para tornar o Brasil um país mais justo e menos desigual.

O presidente também relembrou os 40 anos da redemocratização brasileira, celebrados recentemente em 15 de março, e ressaltou o papel da Constituição de 1988 no fortalecimento das instituições democráticas. Em sua mensagem, reforçou que a trajetória democrática do Brasil deve continuar sem retrocessos.

O impacto da ditadura e o processo de redemocratização

O regime militar trouxe censura, repressão política e severas restrições às liberdades individuais. A transição para a democracia teve um marco importante em 15 de março de 1985, quando José Sarney assumiu interinamente a Presidência da República.

Desde então, a defesa dos valores democráticos tem sido uma pauta constante no debate político brasileiro. O fortalecimento das instituições e a busca por justiça social são essenciais para evitar retrocessos.

Condenação aos atos antidemocráticos e rejeição da anistia

Ministros do governo também aproveitaram a data para condenar o autoritarismo e estabelecer paralelos entre o golpe de 1964 e os atos de 8 de janeiro de 2023, quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas. Membros do governo se posicionaram contra a anistia dos envolvidos nesses eventos.

A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, destacou a importância de recordar o golpe militar para impedir que situações similares se repitam. O ministro da Casa Civil, Rui Costa, também reforçou que é fundamental aprender com o passado para evitar novos ataques à democracia.

Já o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, utilizou suas redes sociais para ressaltar o perigo das ditaduras e manifestar-se veementemente contra a anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro, defendendo que a punição dos responsáveis é essencial para garantir a estabilidade democrática.

Paralelo entre 1964 e 2022

No último dia 17 de março, durante a posse do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Lula traçou um paralelo entre o golpe militar e a tentativa de ruptura democrática em 2022. Para ele, os eventos demonstram que ideias autoritárias ainda encontram espaço na sociedade brasileira.

O presidente também alertou sobre o crescimento do fascismo no mundo e destacou a necessidade de resistência democrática para impedir que discursos de intolerância avancem.

Conclusão

A memória sobre o golpe militar de 1964 continua sendo essencial para reforçar a importância da democracia no Brasil. As declarações do presidente Lula e de seus ministros demonstram a preocupação do governo em preservar os avanços democráticos e evitar que eventos do passado se repitam. O compromisso com o fortalecimento das instituições e a defesa dos direitos fundamentais seguem como pilares fundamentais para garantir que o país não retroceda em sua trajetória democrática.

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