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Aldo Rebelo critica decisão do Ibama e afirma que governo brasileiro age como “fantoche de interesses internacionais”

O ex-ministro Aldo Rebelo criticou duramente, nesta semana, a decisão do Ibama de bloquear a exploração de petróleo na Margem Equatorial brasileira. Segundo ele, a atuação do órgão e do Ministério do Meio Ambiente estaria alinhada a interesses internacionais, que, segundo afirma, há anos influenciam a política ambiental do país.

“Uma autarquia do Ibama resolve bloquear [a exploração], e o presidente da República reage como se o Ibama não fosse parte do governo, como se o presidente do Ibama e a ministra do Meio Ambiente não fossem nomeados por ele”, declarou Rebelo.

O ex-ministro relembrou um episódio do primeiro governo Lula, quando o então presidente criticou o Ibama por impedir obras de infraestrutura. Segundo Rebelo, já naquela época havia a percepção de que o órgão era controlado por interesses externos: “Alguém disse: não libera porque dentro do Ibama é um comitê de 50 ONGs que manda”. Ele mencionou também que, à época, a então ministra Marina Silva pediu demissão após declarações do ministro Paulo Bernardo sobre a influência de ONGs no Ibama e no Ministério do Meio Ambiente.

Para Rebelo, a atual decisão de impedir a exploração de petróleo no Amapá prejudica o desenvolvimento do estado, que possui 73% da população dependente de transferências de renda. “Essa atividade econômica poderia alavancar o Amapá”, afirmou, lembrando que o reitor da Universidade Federal do Amapá demonstrou interesse em criar um curso de engenharia de petróleo e gás.

“Eu disse: para formar engenheiro para trabalhar onde? Na Goiânia ou na Dinamarca? Porque lá pode explorar petróleo no mar. Agora o governo britânico acabou de autorizar mais 100 novos poços de petróleo no Mar do Norte. A Shell, que tem sede em Londres, dobra a aposta no petróleo e no gás. E o Brasil proibindo isso?”, criticou.

Rebelo classificou a decisão como “um crime contra o interesse nacional, contra o interesse do povo, dos engenheiros, dos técnicos e da economia nacional”.

Ele também criticou a postura do presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, ex-prefeito de Bauru (SP), afirmando que ele “nunca foi ao Amapá” para conhecer a realidade local.

Aldo Rebelo concluiu sua fala dizendo que o governo brasileiro age como “um fantoche completo e manipulado” por interesses estrangeiros, ao impedir o uso de recursos naturais estratégicos para o desenvolvimento do país.

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