Veja como votaram os parlamentares piauienses em medida que pode aumentar a conta de luz
Senadores e deputados federais do Piauí votaram pela derrubada de vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a trechos de um projeto que pode elevar a conta de luz em até 3,5% para os consumidores brasileiros. A votação ocorreu na terça-feira (17), durante sessão do Congresso Nacional.
A proposta trata de incentivos à geração de energia eólica em alto-mar e outros pontos que envolvem contratações obrigatórias no setor elétrico. Com a derrubada parcial dos vetos, entidades do setor, como a Frente Nacional dos Consumidores de Energia (FNCE) e a Abrace Energia, estimam um impacto financeiro de R$ 197 bilhões até 2050 — ou R$ 7,8 bilhões por ano.
Como votaram os parlamentares do Piauí
Senadores
- Jussara Lima (PSD) – Votou pela derrubada do veto
- Marcelo Castro (MDB) – Votou pela derrubada do veto
Deputados federais
- Átila Lira (PP) – Votou pela derrubada do veto
- Castro Neto (PSD) – Votou pela derrubada do veto
- Dr. Francisco (PT) – Votou pela derrubada do veto
- Florentino Neto (PT) – Votou pela derrubada do veto
- Flávio Nogueira (PT) – Votou pela derrubada do veto
- Jadyel Alencar (Republicanos) – Votou pela derrubada do veto
- Julio Arcoverde (PP) – Votou pela derrubada do veto
- Marcos Aurélio Sampaio (PSD) – Votou pela derrubada do veto
- Merlong Solano (PT) – Votou pela derrubada do veto
O que está em jogo
Entre os principais pontos retomados pelo Congresso, estão:
- Obrigatoriedade de contratar pequenas centrais hidrelétricas (PCHs):
- Custo estimado: R$ 140 bilhões
- Crítica: não há demanda suficiente no sistema para justificar a contratação.
- Contratação de hidrogênio líquido via etanol no Nordeste e energia eólica no Sul:
- Custo estimado: R$ 33 bilhões (sendo R$ 28 bi do hidrogênio e R$ 5 bi das eólicas)
- Prorrogação por 20 anos de contratos do Proinfa (incentivo a fontes alternativas):
- Custo estimado: R$ 24 bilhões
O que ainda pode ser votado
Trechos que seguem pendentes de análise no Congresso somam R$ 348 bilhões em impacto adicional:
- Usinas a carvão: R$ 92 bilhões
- Térmicas a gás: R$ 155 bilhões
- Subsídios à energia solar: R$ 101 bilhões
Se todos os trechos forem mantidos, o impacto total pode chegar a R$ 545 bilhões até 2050, conforme cálculos de entidades do setor elétrico.