STF Reforça Segurança para Julgamento de Bolsonaro e Aliados
O Supremo Tribunal Federal (STF) implementou um esquema especial de segurança para os dias do julgamento da denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados, acusados de tentativa de golpe de Estado. A sessão está marcada para esta terça-feira (26) e quarta-feira (27).
Plano de Segurança
O plano elaborado pela equipe de segurança do STF inclui:
- Controle de acesso mais rigoroso ao edifício.
- Monitoramento intensificado dos arredores do tribunal.
- Aumento do efetivo policial dentro e fora do prédio.
- Equipes de pronta resposta para eventuais emergências.
Jornalistas credenciados também enfrentarão restrições, com acesso limitado a determinadas áreas, incluindo andares onde estão os gabinetes dos ministros e o estacionamento.
Local e Composição do Julgamento
A sessão ocorrerá na Primeira Turma do STF, localizada em um prédio anexo, distante da Praça dos Três Poderes. Os ministros que compõem a turma são:
- Cristiano Zanin (presidente da turma);
- Alexandre de Moraes (relator do processo);
- Cármen Lúcia;
- Flávio Dino;
- Luiz Fux.
A segurança conta com o apoio da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, que reforçou a presença da Polícia Militar na região. Recentemente, o STF aumentou o número de seguranças armados e reinstalou grades para restringir o acesso, em resposta ao ataque a bomba ocorrido em novembro de 2023.
Decisão do STF Poderá Transformar Bolsonaro em Réu
O julgamento definirá se a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) será aceita. Se isso ocorrer, Bolsonaro e seus aliados se tornarão réus em uma ação penal. Apenas após a tramitação completa do processo, que inclui oitiva de testemunhas e depoimentos dos acusados, haverá possibilidade de condenação e eventual prisão.
Quem São os Denunciados?
Além de Jair Bolsonaro, também foram denunciados:
- Augusto Heleno (ex-ministro do GSI);
- Braga Netto (ex-ministro da Casa Civil);
- Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa);
- Anderson Torres (ex-ministro da Justiça);
- Almir Garnier (ex-comandante da Marinha);
- Alexandre Ramagem (deputado federal e ex-diretor da Abin).
A Secretaria de Polícia Judicial do STF reforçou que as medidas de segurança são preventivas e visam garantir a integridade de servidores, colaboradores, advogados e imprensa durante o julgamento.