Brasil e Estados Unidos: Relação comercial assimétrica
A relação comercial entre o Brasil e os Estados Unidos continua sendo uma das mais importantes para ambos os países, mas é marcada por uma clara assimetria, com os americanos exercendo um papel mais dominante. Enquanto os EUA são o segundo maior parceiro comercial do Brasil, ocupando esse posto tanto nas importações quanto nas exportações, o Brasil figura em posições bem mais distantes no comércio com os americanos. O Brasil é o 18º maior exportador para os Estados Unidos e o 9º maior importador de produtos americanos.
Em uma declaração recente, o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que o Brasil “precisa mais deles” do que o contrário, destacando a desigualdade na relação. Embora especialistas reconheçam que, de fato, o Brasil dependa mais da economia americana do que o inverso, eles também ressaltam que o papel do Brasil no comércio global não pode ser negligenciado.
Crescimento no comércio em 2024
Em 2024, o comércio bilateral entre os dois países mostrou crescimento. As exportações brasileiras para os Estados Unidos aumentaram 9,2%, enquanto as importações do Brasil provenientes dos EUA cresceram 6,9%. Apesar disso, a relação comercial entre os dois países ainda está longe de ser equilibrada. Os Estados Unidos continuam sendo o segundo maior parceiro comercial do Brasil, ficando atrás apenas da China, que continua sendo o principal fornecedor de produtos para o país, com US$ 94,4 bilhões em importações brasileiras em 2024.
O Brasil e sua posição no comércio com os EUA
Em termos de exportações para os Estados Unidos, o Brasil ocupa o 18º lugar, atrás de países como Singapura, Malásia, Vietnã e Tailândia. Já na posição de importador, o Brasil se manteve no 9º lugar em 2024, de acordo com dados do governo dos EUA. Isso evidencia a dependência do Brasil de seus produtos, enquanto os EUA, apesar de serem um parceiro crucial, não dependem tanto das exportações brasileiras.
Esses números refletem a diferença no peso relativo que ambos os países têm no comércio bilateral, com o Brasil exercendo uma influência menor em comparação aos Estados Unidos, embora continue sendo um parceiro importante na América Latina e em várias cadeias produtivas globais.

