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Conflito entre Irã e Israel se intensifica com mais de 80 mortos no segundo dia de ataques

Tensões entre Irã e Israel atingiram um novo patamar neste sábado (14.jun.2025), com o segundo dia consecutivo de confrontos militares deixando ao menos 81 mortos e centenas de feridos. O embate, marcado por bombardeios e mísseis, é o mais intenso entre os dois países em décadas e levanta temores de uma escalada regional.

Balanço dos ataques

Segundo o embaixador iraniano na ONU, Amir Saeid Iravani, 78 pessoas morreram e cerca de 300 ficaram feridas no Irã após bombardeios israelenses. Entre os mortos estão altos chefes militares iranianos, incluindo Mohammad Bagheri, Hossein Salami e o negociador nuclear Ali Shamkhani. O general Amir Ali Hajizadeh, responsável pelo programa de mísseis balísticos, também está entre as vítimas.

Do lado israelense, três pessoas morreram e dezenas ficaram feridas após retaliações iranianas. Um míssil atingiu casas na cidade de Rishon Lezion, deixando dois mortos e 19 feridos, segundo o serviço Magen David Adom.

Ataques atingem áreas estratégicas

Teerã foi alvo de explosões e ataques aéreos. O Exército israelense confirmou ataques contra sistemas de defesa na capital iraniana, e a mídia estatal relatou danos a um hangar de jatos no aeroporto de Mehrabad. Já o Irã retaliou com mísseis contra bases militares em solo israelense.

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) relatou que a usina de enriquecimento nuclear de Natanz foi destruída, com vazamento químico e radiológico, descrito como “administrável”. Houve ainda ataques a instalações nucleares em Fordo e Isfahan.

Reações e cenário político

O líder supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, declarou que o Irã puniu Israel por crimes recentes e prometeu novas ações. Já o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que a operação militar “Leão Ascendente” continuará “pelo tempo que for necessário”.

Netanyahu revelou que o plano de ataque estava pronto desde o ano passado, após a morte de Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah, aliado do Irã.

Papel dos EUA

O governo dos Estados Unidos, liderado por Donald Trump, nega envolvimento direto nos bombardeios. No entanto, sistemas antimísseis norte-americanos estão ajudando a interceptar mísseis iranianos no Oriente Médio. Trump, que pressiona por um novo acordo nuclear, advertiu o Irã para que negocie, dizendo que os ataques israelenses “só vão piorar”.

Risco de conflito regional

A escalada entre Irã e Israel coloca a região sob alerta máximo e pode arrastar outras potências para o confronto. Analistas temem que a crise afete negociações diplomáticas e provoque instabilidade em países vizinhos.

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