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Gaza: Mais de 400 mortos em ataques aéreos israelenses; tensão cresce no Oriente Médio

O cessar-fogo em Gaza foi interrompido na manhã desta terça-feira (18), quando Israel realizou uma ofensiva aérea contra o território, resultando na morte de mais de 400 pessoas, segundo autoridades palestinas. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, prometeu usar “força militar crescente” contra o Hamas.

Os ataques noturnos atingiram várias regiões de Gaza, marcando a maior investida militar desde que um cessar-fogo entrou em vigor. O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, declarou: “Esta noite voltamos a lutar em Gaza”.

A trégua entre Israel e Hamas já estava ameaçada, com desacordos sobre a liberação de reféns israelenses e a busca por um acordo de paz duradouro. O exército israelense confirmou que estava conduzindo “ataques extensos” contra alvos do Hamas.

Em resposta, o Hamas acusou Netanyahu de anular o acordo e “colocar os prisioneiros em Gaza em risco”.

Ataques intensificados e hospitais sobrecarregados

O Ministério da Saúde palestino relatou pelo menos 404 mortos e mais de 440 feridos na nova onda de ataques. Equipes de resgate informaram que várias pessoas ficaram presas sob os escombros de casas bombardeadas.

A Dra. Razan Al-Nahhas, voluntária no Hospital Al-Ahli, descreveu os ataques como “absolutamente horríveis”, com explosões sucessivas em poucos minutos. Hospitais em toda Gaza estão sobrecarregados, incluindo Al-Awda, em Tal Al-Zaatar, e Nasser, em Khan Younis. Imagens mostram crianças entre as vítimas, enquanto médicos relatam escassez de medicamentos e equipamentos.

EUA e Oriente Médio: escalada de tensões

A retomada dos ataques ocorre em meio a violência crescente na região. No Iêmem, o presidente dos EUA, Donald Trump, ordenou uma operação militar contra rebeldes Houthi, enquanto confrontos entre Líbano e Síria aumentam.

Israel notificou o governo Trump antes de atacar Gaza, segundo a Casa Branca. Netanyahu e o ministro Katz justificaram a operação alegando que o Hamas rejeitou ofertas de mediação.

Hospitais em colapso

Em Gaza, a crise humanitária se agrava. A médica voluntária Al-Nahhas relatou que “bebês e crianças já cobrem o chão dos hospitais”. No Hospital Al-Shifa, o maior da região, os feridos não encontram leitos para tratamento. “As salas de cirurgia estão lotadas e muitos estão morrendo sem atendimento”, afirmou Muhammad Abu Salmiya, diretor da unidade.

A ofensiva israelense continua, com ordens para que civis deixem vários bairros de Gaza, aumentando temores de novos deslocamentos em massa.

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