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Vereadora de Teresina e Mais Oito Viram Réus por Corrupção Eleitoral e Organização Criminosa

A Justiça Eleitoral de Teresina aceitou a denúncia do Ministério Público Eleitoral (MPE) e tornou réus a vereadora Tatiana Medeiros (PSB) e mais oito pessoas, incluindo membros de sua família. Eles são acusados de crimes graves como organização criminosa e corrupção eleitoral.


Entenda o Caso e as Acusações

A decisão foi proferida nesta terça-feira (20) pela juíza Gláucia Mendes de Macêdo, da 98ª Zona Eleitoral de Teresina. A denúncia do MPE havia sido apresentada em 13 de maio.

A Justiça também manteve as prisões preventivas da vereadora Tatiana Medeiros, que está presa desde 3 de abril, e de seu namorado, Alandilson Cardoso, detido desde 14 de novembro de 2024.

Segundo a magistrada, Tatiana Medeiros e Alandilson Cardoso Passos atuavam como líderes de uma organização criminosa. Essa organização, conforme a acusação, era voltada para a prática de crimes eleitorais, peculato, lavagem de capitais e corrupção, utilizando-se de entidades assistenciais como forma de manipular a população e desviar recursos públicos.

Outras medidas cautelares também foram mantidas, como o afastamento de cargos públicos e a suspensão das atividades da ONG Vamos Juntos, fundada pela vereadora. A defesa de Tatiana Medeiros afirmou que aguarda a intimação oficial para se manifestar.


Quem São os Réus e Suas Suspeitas Funções

A lista de réus detalha a suposta participação de cada um no esquema:

  • Tatiana Teixeira Medeiros (vereadora de Teresina pelo PSB): Acusada de organização criminosa, corrupção eleitoral, falsidade ideológica eleitoral, peculato e lavagem de dinheiro. É suspeita de liderar o esquema, com sua campanha eleitoral supostamente financiada por recursos ilícitos de uma facção criminosa.
  • Alandilson Cardoso Passos (namorado da vereadora): Acusado de organização criminosa, corrupção eleitoral, violação do sigilo do voto, agiotagem e lavagem de dinheiro. Já preso por suspeita de tráfico de drogas, é apontado como um dos líderes de facção criminosa que teria financiado a campanha da vereadora com mais de R$ 1 milhão.
  • Stênio Ferreira Santos (padrasto da vereadora): Acusado de organização criminosa, corrupção eleitoral, violação do sigilo do voto, peculato, apropriação indébita eleitoral, agiotagem e lavagem de dinheiro. A Polícia Federal o aponta como operador financeiro da organização.
  • Maria Odélia de Aguiar Medeiros (mãe da vereadora): Acusada de organização criminosa, corrupção eleitoral, apropriação indébita eleitoral e lavagem de dinheiro. Investigada por articular a base de apoio político e coordenar a ONG Vamos Juntos, que seria usada para recrutamento e monitoramento de votos.
  • Emanuelly Pinho de Melo (assessora da vereadora): Acusada de organização criminosa, corrupção eleitoral e lavagem de dinheiro. Ela atuaria na ONG e na campanha, fazendo cadastramento de famílias e intermediando pagamentos em troca de votos.
  • Bianca dos Santos Teixeira Medeiros (irmã da vereadora) e Lucas de Carvalho Dias Sena (cunhado da vereadora): Acusados de organização criminosa e corrupção eleitoral. O casal é suspeito de intermediar pagamentos e colaborar com as atividades financeiras ilícitas.
  • Bruna Raquel Lima Sousa e Sávio de Carvalho França (funcionários da ONG Vamos Juntos): Acusados de organização criminosa e corrupção eleitoral. Eles seriam responsáveis pelo cadastro e controle administrativo das famílias supostamente beneficiárias da instituição, bem como pelo controle de votos para a vereadora.

As investigações apontam um complexo esquema que teria utilizado a ONG Vamos Juntos como fachada para a captação e fidelização de votos, com dinheiro supostamente oriundo de atividades criminosas. O caso segue em andamento na Justiça Eleitoral.

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