Trump e Zelensky discutem em encontro tenso na Casa Branca
os republicanos e reduziu as chances de aprovação de novos pacotes de ajuda financeira para Kiev em sua luta contra a Rússia.
Aliados históricos da Ucrânia dentro do Partido Republicano reagiram de forma crítica às declarações de Zelenskiy após o encontro com Trump e o vice-presidente JD Vance. Durante a reunião, os republicanos repreenderam o líder ucraniano publicamente, alegando falta de respeito.
O senador Lindsey Graham, que participou de uma reunião privada com Zelenskiy e outros senadores antes do encontro no Salão Oval, foi enfático ao criticar a postura do ucraniano. “O que vi foi desrespeitoso, e não sei se poderemos continuar fazendo negociações com ele”, declarou Graham. “Ou ele precisa mudar de tom ou enviar outra pessoa com quem possamos negociar.”
Outros republicanos seguiram a mesma linha. O senador Bill Hagerty, do Tennessee, escreveu em sua conta no X (antigo Twitter): “Os Estados Unidos da América não serão mais considerados garantidos.” No entanto, algumas vozes dissidentes dentro do partido defenderam a Ucrânia e criticaram o tom da reunião. O deputado Mike Lawler, de Nova York, classificou o encontro como “uma oportunidade perdida para os Estados Unidos e para a Ucrânia”. Já o congressista Don Bacon, de Nebraska, afirmou que a reunião representou “um dia ruim para a política externa americana”.
Acordo mineral emperrado
Zelenskiy foi a Washington com a intenção de fechar um acordo para o desenvolvimento conjunto dos recursos minerais ucranianos com os Estados Unidos, um passo que poderia fortalecer laços econômicos e militares entre os dois países. Contudo, a tensão na reunião impediu a assinatura do acordo.
O Congresso dos EUA aprovou US$ 175 bilhões em ajuda desde o início da invasão russa, mas novos auxílios enfrentam resistências. Desde que os republicanos assumiram a maioria na Câmara e no Senado, sob a liderança de Trump, a aprovação de mais recursos tem encontrado obstáculos.
Republicanos alinhados com Kiev veem no acordo mineral uma oportunidade de obter apoio do partido. “Espero que o presidente Zelenskiy assine imediatamente este acordo. Ele criará uma parceria econômica benéfica para ambos os países”, disse o deputado Michael McCaul, do Texas, um dos defensores da colaboração.
O futuro do apoio à Ucrânia segue incerto, enquanto as divisões dentro do Partido Republicano podem redefinir a postura dos EUA diante do conflito com a Rússia.
