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Trump dobra tarifa sobre aço e alumínio, e Brasil sente os impactos

Brasília, 5 de junho de 2025 — Entraram em vigor nesta quarta-feira (4) as novas tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos sobre as importações de aço e alumínio. A decisão, anunciada na semana passada pelo presidente norte-americano Donald Trump, dobra a alíquota que estava fixada em 25% desde março deste ano.

Especialistas apontam que a medida afeta diretamente o Brasil, um dos principais exportadores desses insumos para o mercado americano. Em 2024, os Estados Unidos importaram US$ 4,677 bilhões (cerca de R$ 27 bilhões) em produtos brasileiros de aço e ferro — o equivalente a 14,9% de todo o grupo. O Brasil foi, inclusive, o segundo maior fornecedor desses materiais para os EUA no período.

Embora a fatia de alumínio exportado pelo Brasil aos Estados Unidos seja menor, a Associação Brasileira do Alumínio (Abal) já se manifestou contrária à elevação das tarifas, cobrando uma resposta firme do governo brasileiro.

Analistas do setor destacam que empresas como Gerdau conseguiram mitigar parte dos impactos ao globalizar suas operações. Por outro lado, companhias como CSN e Usiminas enfrentam perdas significativas neste ano, agravadas pela nova política tarifária.

A elevação das tarifas acende um sinal de alerta no setor siderúrgico brasileiro, que já enfrenta turbulências internas, incluindo uma investigação sobre possível prática de dumping por parte de produtores chineses.

Economistas defendem que o Brasil adote uma postura ativa e coordenada entre governo e iniciativa privada para negociar com os Estados Unidos e tentar reduzir as tarifas impostas, a fim de preservar a competitividade da indústria nacional.

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