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Trump anuncia retirada dos EUA das reformas da OMS sobre combate a pandemias

Medida ocorre após presidente defender que emendas violam a soberania norte-americana

O presidente Donald Trump comunicou, na sexta-feira (18), a decisão de retirar os Estados Unidos das recentes reformas propostas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para o enfrentamento de futuras pandemias. Segundo o mandatário, as emendas negociadas na Assembleia Mundial da Saúde de 2024 representam “uma ameaça à soberania” do país.

Embora o Departamento de Estado tenha reforçado que as alterações aos Regulamentos Sanitários Internacionais de 2024 permanecem “formalmente vinculantes” para Washington, Trump argumentou que é necessário proteger a liberdade dos americanos contra políticas internacionais que possam ferir direitos fundamentais, como privacidade e liberdade de expressão.

Em comunicado conjunto, o secretário de Estado Marco Rubio e o secretário de Saúde Robert F. Kennedy Jr. classificaram as mudanças como “um risco de interferência injustificada” na elaboração de políticas de saúde nacionais. Eles também questionaram a capacidade da OMS de manter independência política, mencionando preocupações com possíveis influências externas — em especial da China — durante surtos de doenças.

As emendas rejeitadas introduzem conceitos como “urgência pandêmica” e reforçam mecanismos de solidariedade e equidade internacional no combate a crises sanitárias. Para Trump e seus auxiliares, porém, esses instrumentos não oferecem garantias suficientes contra ingerências que comprometam decisões internas dos Estados Unidos.

A retirada americana ocorre em meio a um debate global sobre o equilíbrio entre cooperação internacional em saúde pública e a proteção das prerrogativas de cada nação na gestão de emergências sanitárias.

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