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STF forma maioria para validar plano de transparência e rastreabilidade de emendas parlamentares

O Supremo Tribunal Federal (STF) alcançou maioria para validar a decisão do ministro Flávio Dino, que homologou um plano de trabalho voltado à ampliação da transparência e rastreabilidade na execução das emendas parlamentares. O julgamento ocorre em plenário virtual e segue até a próxima quarta-feira (5).

Até o momento, os ministros Luís Roberto Barroso, Nunes Marques, Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin e Edson Fachin acompanharam o entendimento de Dino, referendando o planejamento elaborado pelo Congresso Nacional e pelo governo federal.

Plano de trabalho e transparência

Relator do caso, Flávio Dino homologou o documento na última quarta-feira (26), permitindo a retomada da transferência de parte dos recursos, desde que respeitadas regras de monitoramento. A decisão precisa ser confirmada pelo plenário do STF.

O plano busca garantir mais controle sobre as chamadas “emendas Pix”, modalidade que permite repasses diretos do governo federal para estados e municípios sem necessidade de convênios. Segundo Dino, a medida representa um avanço institucional, mas o debate sobre transparência nos repasses parlamentares ainda deve continuar.

O ministro determinou um prazo de 30 dias para aprimoramento do sistema de registro das emendas, com restrições a repasses que apresentem:

  • Impedimentos técnicos identificados;
  • Suspensões específicas já determinadas pelo STF;
  • Recursos da Saúde sem contas específicas e regularizadas;
  • Transferências sem plano de trabalho definido;
  • Falta de comprovação do destino para comissão ou bancada;
  • Determinação judicial ou de órgãos de controle que impeça a liberação.

Rastreamento e controle

Dino também determinou que órgãos de fiscalização, como a Controladoria-Geral da União (CGU), intensifiquem a busca por emendas sem destino especificado. Segundo um relatório do Tribunal de Contas da União (TCU), há 644 planos de trabalho não cadastrados na plataforma do governo federal, totalizando R$ 469 milhões.

O ministro Alexandre de Moraes destacou, em seu voto, a importância do compartilhamento de dados entre órgãos públicos e da adoção de soluções tecnológicas para ampliar a transparência na execução das emendas.

Com a validação do plano, o STF reforça as diretrizes para a liberação das emendas parlamentares no Orçamento de 2025 e de exercícios anteriores, garantindo maior controle sobre o uso dos recursos públicos.

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