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Polícia prende 20 suspeitos de integrar quadrilha que fraudava bancos usando “laranjas” e reconhecimento facial; prejuízo passa de R$ 12 milhões

Vinte pessoas foram presas durante a Operação Personagens, deflagrada pela Polícia Civil do Piauí na manhã desta sexta-feira (4), contra uma organização criminosa especializada em fraudes bancárias. Segundo as investigações, o grupo causou um prejuízo superior a R$ 12 milhões às instituições financeiras.

A operação cumpriu 57 mandados judiciais — sendo 27 de prisão e 30 de busca e apreensão — nas cidades de Parnaíba e Luís Correia, no litoral do Piauí, em Imperatriz (MA) e em outros municípios do Maranhão.

De acordo com a polícia, um dos investigados está foragido na Itália. O mandado de prisão contra ele será inserido na Difusão Vermelha da Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal). Já o líder da quadrilha foi preso em Imperatriz (MA). Conforme o delegado Anchieta Nery, diretor de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Piauí (SSP-PI), o suspeito viajava por cidades do Brasil ensinando como aplicar os golpes.

Esquema de fraudes

A investigação aponta que o grupo atuava de forma organizada e com divisão de tarefas. Parte dos integrantes era responsável por recrutar “laranjas” — pessoas que forneciam fotos e dados pessoais para a criação de documentos falsificados, como RGs e CNHs.

Com essas informações, os criminosos abriam contas bancárias digitais e solicitavam empréstimos consignados em nome das vítimas, em sua maioria beneficiários de programas previdenciários.

Para driblar os sistemas de segurança das instituições financeiras, que exigem verificação por reconhecimento facial, os “laranjas” eram usados na etapa de validação. Após a aprovação dos empréstimos fraudulentos, o dinheiro era repassado para contas de intermediários e, em seguida, para os líderes do esquema.

Além disso, o grupo realizava compras com cartões de crédito falsificados, utilizava milhas e contratava seguros de vida de maneira fraudulenta.

A Polícia Civil informou que as investigações continuam para identificar todos os envolvidos e tentar recuperar os valores desviados.

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