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Piauí se consolida como 2º maior produtor de mel do Brasil e exporta mais de R$ 100 milhões por ano

O Piauí se destaca no cenário nacional e internacional da apicultura, ocupando o posto de segundo maior produtor de mel do Brasil. Com uma produção cada vez mais robusta, o estado exporta anualmente mais de R$ 100 milhões em mel e produtos derivados, consolidando-se como um importante fornecedor global.

Apesar de o mel piauiense ser amplamente consumido no Brasil, cerca de 93% da produção é destinada ao mercado externo, principalmente para a União Europeia — com destaque para Alemanha e Itália — além dos Estados Unidos e Canadá.

O avanço expressivo na produção se deve, em grande parte, aos investimentos da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) e do Governo do Estado. De acordo com o IBGE, o estado saltou da sexta para a segunda posição no ranking nacional, graças ao aumento da produção de 3.249,5 toneladas em 2014 para 8.829,8 toneladas em 2023, um crescimento de 171,1%.

A Codevasf investiu mais de R$ 3 milhões na atividade em 74 municípios piauienses, com recursos destinados à aquisição de colmeias, construção de casas de mel, compra de equipamentos, kits de proteção e outras melhorias na infraestrutura apícola.

Segundo Francisco das Chagas Ribeiro, o “Chicão”, diretor de Projetos para o Semiárido da Secretaria Estadual de Agricultura Familiar (SAF), o Piauí tem exportado entre 6 mil e 8 mil toneladas de mel por ano. “Em 2024, os resultados foram positivos, com um leve crescimento, consolidando o mel como o terceiro produto de exportação do estado”, afirma.

A atividade apícola é também uma importante fonte de renda para milhares de famílias. Estima-se que cerca de 10.500 famílias estejam diretamente envolvidas com a criação de abelhas e produção de mel. O estado conta com mais de 10 cooperativas especializadas, além de grupos informais que abastecem o mercado local e internacional.

O mel piauiense é reconhecido pela qualidade, o que impulsiona tanto a comercialização interna quanto as exportações. Pelo menos três cooperativas possuem o selo do Serviço de Inspeção Federal (SIF), certificação que assegura a qualidade de produtos de origem animal para consumo nacional e internacional.

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