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PGR Denuncia 24 Militares, Incluindo Generais e Almirante, por Tentativa de Golpe

A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou, nesta terça-feira (18), 34 pessoas por envolvimento em uma suposta tentativa de golpe de Estado. Entre os acusados, 24 são militares das Forças Armadas, incluindo seis generais e um almirante. A Força Aérea Brasileira (FAB) foi a única força militar que não teve nomes citados na denúncia.

Entre os denunciados estão figuras de destaque no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, como os ex-ministros Walter Braga Netto, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira. O ex-comandante da Marinha, almirante da reserva Almir Garnier, também está na lista.

Lista de Militares Denunciados:

  • Ailton Gonçalves Moraes Barros: Major reformado do Exército e ex-candidato a deputado estadual pelo PL-RJ em 2022. Durante a campanha, se autodenominava “01 de Jair Messias Bolsonaro”. Foi preso na investigação sobre fraudes no cartão de vacinação do ex-presidente.
  • Almir Garnier: Almirante de esquadra e ex-comandante da Marinha no governo Bolsonaro. Defendeu publicamente os acampamentos em frente a quartéis do Exército após a derrota de Bolsonaro. Segundo delação de Mauro Cid, estaria disposto a participar de um golpe de Estado.
  • Angelo Martins Denicoli: Major da reserva do Exército e ex-diretor de monitoramento do SUS. Promoveu informações falsas sobre hidroxicloroquina no tratamento da Covid-19. Foi alvo da operação Tempus Veritatis.
  • Augusto Heleno: General e ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) de Bolsonaro. O grupo golpista pretendia que ele comandasse um “gabinete de gestão de crise”.
  • Corrêa Netto: Coronel preso na operação Tempus Veritatis. Teria incentivado militares a aderirem a um plano de intervenção para impedir a posse de Lula. Após depor, obteve liberdade provisória.
  • Cleverson Ney: Coronel da reserva e ex-oficial do Comando de Operações Terrestres. Foi investigado por envolvimento no plano golpista.
  • Estevam Theophilo: General e ex-chefe do Comando de Operações Terrestres. Suspeito de oferecer tropas a Bolsonaro para apoiar um golpe de Estado. Teria ligação com um suposto plano para assassinar Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes.
  • Fabrício Moreira de Bastos: Coronel e ex-adido do Exército em Tel Aviv, Israel.
  • Giancarlo Gomes Rodrigues: Subtenente do Exército, investigado por participação na chamada “Abin paralela” e monitoramento ilegal de adversários políticos de Bolsonaro.
  • Guilherme Marques de Almeida: Tenente-coronel e ex-comandante do 1º Batalhão de Operações Psicológicas. Ficou conhecido por desmaiar durante uma operação da PF.
  • Hélio Ferreira Lima: Tenente-coronel da ativa, exonerado do comando da 3ª Companhia de Forças Especiais após ser alvo de investigação por reuniões de teor golpista.
  • Jair Messias Bolsonaro: Ex-presidente e militar da reserva. A PF concluiu que ele tinha “pleno conhecimento” do plano para assassinar Lula, Alckmin e Moraes.
  • Marcelo Costa Câmara: Coronel do Exército e ex-assessor especial da Presidência no governo Bolsonaro.
  • Márcio Nunes de Resende Junior: Coronel do Exército.
  • Mário Fernandes: General da reserva e ex-assessor de Eduardo Pazuello. Teria arquitetado o assassinato de Lula, Alckmin e Moraes.
  • Mauro Cesar Barbosa Cid: Tenente-coronel do Exército e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
  • Nilton Diniz Rodrigues: General e ex-comandante do 1º Batalhão de Forças Especiais.
  • Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira: General da reserva, ex-comandante do Exército e ex-ministro da Defesa de Bolsonaro.
  • Rafael Martins de Oliveira: Tenente-coronel da ativa, conhecido como “Joe”, investigado por organizar manifestações contra a posse de Lula.
  • Ronald Ferreira de Araújo Junior: Tenente-coronel acusado de envolvimento em discussões sobre uma minuta golpista.
  • Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros: Tenente-coronel que teria integrado o núcleo de desinformação contra o sistema eleitoral.
  • Reginaldo Vieira de Abreu: Coronel da reserva e ex-chefe de gabinete de Mário Fernandes. Suspeito de disseminar informações falsas sobre as eleições e manipular relatórios militares.
  • Rodrigo Bezerra Azevedo: Acusado de monitorar ilegalmente a rotina de Alexandre de Moraes e de integrar um grupo que planejava prendê-lo ou executá-lo.
  • Walter Souza Braga Netto: General da reserva, ex-ministro da Defesa e ex-chefe da Casa Civil de Bolsonaro. Foi candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro em 2022.

A denúncia da PGR representa um avanço nas investigações sobre as tentativas de desestabilização do governo democraticamente eleito. Os acusados agora enfrentarão a Justiça, podendo responder por crimes como tentativa de golpe de Estado e conspiração contra a ordem democrática.

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