PGM e Corregedoria aguardam inquérito para abrir processo de expulsão de guarda preso por duplo homicídio
A Procuradoria Geral do Município (PGM) e a Corregedoria da Guarda Civil Municipal de Parnaíba aguardam a conclusão do inquérito policial para iniciar o processo de expulsão do guarda municipal Francisco Castro. Ele foi preso suspeito de assassinar a ex-mulher, Penélope Brito, comandante da Guarda Municipal de Parnaíba, e o vereador Thiciano Ribeiro (PL), na última quarta-feira (27), em Teresina.
A expulsão do agente está prevista no regimento interno da Guarda Civil Municipal e depende da conclusão das investigações, segundo o secretário de comunicação de Parnaíba, Renan Brito.
Francisco foi detido horas após os crimes e teve a prisão convertida em preventiva na quinta-feira (28), durante audiência de custódia em Teresina. Ele permanece na Cadeia Pública Antônio José de Sousa Filho, em Altos, a cerca de 40 km da capital.
A delegada Nathália Figueiredo informou que o inquérito deve ser concluído em até 10 dias a partir da data do crime. O guarda poderá responder pelos crimes de feminicídio, homicídio qualificado e crime de perigo comum.
O advogado de defesa, Marcos Vinicius Brito, alegou que o crime não foi premeditado. “[Ele] não morava mais em Parnaíba e sequer sabia que a ex-mulher estava em Teresina. Naquele momento ele estava tão transtornado que não sabia o que estava fazendo”, disse.
Segundo o delegado Charles Pessoa, a arma utilizada por Francisco foi a institucional, já que todos os guardas municipais têm porte e posse de arma desde 2022. A polícia apreendeu sete armas e centenas de munições em dois endereços ligados ao guarda, incluindo a arma funcional, quatro pistolas de calibres .380, .22 e 9mm, um rifle, uma carabina de pressão, além de carregadores, coldres, kits de limpeza, acessórios de armamento e 1.519 munições.
Parte do arsenal foi encontrada em um cofre na casa de um tio de Penélope, em Parnaíba. O familiar afirmou que havia sido contratado para retirar pertences de Francisco da casa do casal em maio, mas não sabia que havia armas guardadas no local. As demais armas foram localizadas na casa de familiares do guarda, onde ele foi preso.
