Parque fecha trilha no Monte Rinjani para acelerar resgate de brasileira desaparecida
As autoridades do Parque Nacional do Monte Rinjani tomaram uma medida drástica nesta terça-feira (24) e fecharam temporariamente o acesso à trilha que leva ao cume do vulcão, em resposta ao desaparecimento da brasileira Juliana Marins, de 34 anos. A trilha entre Pelawangan Sembalun e o topo do Rinjani permanecerá interditada por tempo indeterminado, enquanto durarem as operações de resgate.
Juliana desapareceu no último sábado (21) após sofrer uma queda durante a travessia da montanha. Desde então, uma complexa operação de busca mobiliza voluntários e equipes especializadas na região.
Segundo comunicado oficial, o fechamento visa oferecer maior segurança e agilidade às equipes envolvidas, além de impedir o acesso de curiosos ao local. “A trilha de escalada de Pelawangan Sembalun até o Cume do Rinjani está temporariamente fechada a partir de 24 de junho de 2025, até que o processo de evacuação seja oficialmente concluído”, diz o aviso.
Local de difícil acesso
Juliana viajava sozinha quando sofreu a queda em uma área íngreme da montanha. O local do acidente é descrito como um paredão instável, coberto por neblina densa e de difícil ancoragem, o que vem exigindo esforços extraordinários das equipes de resgate.
Relatos de voluntários indonésios indicam que a brasileira foi inicialmente localizada a cerca de 500 metros abaixo do ponto de queda. No entanto, um deslizamento posterior a teria arrastado por uma fenda, aprofundando sua posição para cerca de 1.050 metros, segundo informações confirmadas por familiares nas redes sociais.
Condições adversas dificultam os trabalhos
As equipes enfrentam obstáculos técnicos significativos. O principal deles é a limitação das cordas de escalada disponíveis, que não alcançam a profundidade necessária. Para continuar o avanço, socorristas utilizam uma furadeira portátil, levada manualmente, para criar novos pontos de ancoragem na rocha e permitir uma descida segura.
Embora dois helicópteros estejam em prontidão, as más condições climáticas, com forte neblina e risco de chuva, impedem os sobrevoos na região.
As buscas foram retomadas às 6h da manhã, no horário local. Segundo atualização da família, quatro voluntários conseguiram descer até cerca de 400 metros abaixo da superfície. Ainda restam aproximadamente 650 metros para alcançar o ponto onde Juliana está.