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Operação Coringa: Gaeco apreende R$ 900 mil em supermercado no Piauí

Ação conjunta do MPPI e MPDFT mira organização criminosa infiltrada na Novacap

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) deflagrou nesta semana a Operação Coringa, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa que atuava dentro da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap), em Brasília. A investigação apura crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e formação de cartel em contratos públicos.

Durante o cumprimento dos mandados, mais de R$ 900 mil em espécie foram apreendidos em um supermercado na cidade de Batalha, no interior do Piauí. O estabelecimento pertence a Francisco José da Costa, conhecido como “Chiquinho”, apontado como o principal articulador do esquema.

Ação em dois estados

A operação contou com a participação dos Ministérios Públicos do Distrito Federal e do Piauí (MPDFT e MPPI) e apoio da Polícia Civil e do Batalhão de Operações Especiais (Bope). Ao todo, 28 mandados de busca e apreensão foram cumpridos no Distrito Federal e no município piauiense.

As investigações apontam que o esquema envolvia o pagamento de propinas equivalentes a 2% dos valores pagos a empresas contratadas pela Novacap. O objetivo seria acelerar pagamentos, o que caracteriza corrupção ativa e passiva. O valor total movimentado pelas empresas envolvidas chega a R$ 110 milhões.

Supermercado seria usado para lavagem de dinheiro

De acordo com o Gaeco, parte do dinheiro ilícito teria sido lavado por meio do supermercado localizado em Batalha, de propriedade de Francisco e de sua esposa. O investigado, que é chefe do Departamento Financeiro da Novacap, teria recebido cerca de R$ 2 milhões em propina. Desse montante, aproximadamente R$ 1 milhão foi encontrado em contas bancárias de suas irmãs, que também são alvos da investigação.

Justiça bloqueia bens dos envolvidos

A Justiça do Distrito Federal autorizou o bloqueio de bens dos investigados, incluindo imóveis, veículos, contas bancárias, uma aeronave e uma embarcação. Também foi determinado o afastamento de um servidor público da Novacap. As medidas têm como objetivo evitar a ocultação de patrimônio e garantir a reparação ao erário público.

A Operação Coringa segue em andamento, e novas fases não estão descartadas.

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