Netanyahu quer assumir controle total da Faixa de Gaza, diz TV israelense
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, pretende expandir a ofensiva militar na Faixa de Gaza com o objetivo de assumir o controle completo do território palestino, segundo informações divulgadas pela emissora israelense i12. A decisão, de acordo com fontes ligadas ao governo, será apresentada oficialmente ao gabinete do premiê nesta terça-feira (5).
Embora o governo israelense ainda não tenha feito um anúncio formal, Netanyahu confirmou que se reunirá com seus ministros para discutir os rumos da guerra e reforçou, em declaração recente, que os objetivos incluem derrotar o Hamas, libertar os reféns israelenses e garantir que Gaza deixe de representar uma ameaça para o país.
O plano de ampliar a ocupação militar teria sido motivado pela estagnação nas negociações para um cessar-fogo e pela dificuldade em garantir a libertação dos reféns ainda mantidos pelo Hamas. Segundo a reportagem, as Forças de Defesa de Israel também devem intensificar operações em áreas da Faixa de Gaza onde o serviço de inteligência acredita que estejam localizados os cativeiros.
A ideia de um controle total de Gaza não é nova. Em maio, Netanyahu já havia mencionado a medida como parte do chamado “plano de vitória”. Na época, mesmo autorizando o envio de ajuda humanitária à região, deixou claro que a meta de longo prazo envolvia o domínio total do território.
Vale lembrar que Gaza é reconhecida internacionalmente como parte dos territórios palestinos desde a criação de Israel, em 1948, com base no plano de partilha da ONU.
Em outro momento controverso, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, teria sugerido que os EUA poderiam assumir o controle de Gaza, deslocar a população local para países vizinhos e transformar a região em uma zona de resorts turísticos — proposta que gerou críticas e preocupações internacionais.
A movimentação israelense ocorre em um cenário de escalada do conflito e aumenta as tensões em meio às pressões por soluções diplomáticas e humanitárias para a crise na região.