Ministro da Justiça defende diálogo com criminosos antes de ação policial
O novo Ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, em recentes declarações, propôs uma abordagem inovadora para o combate ao crime no Brasil: o uso do diálogo e da mediação como ferramenta preventiva, antes da atuação das forças de segurança. Em sua visão, a negociação com grupos criminosos, especialmente em situações de conflitos em comunidades ou em contextos de violência urbana, pode ser uma estratégia mais eficaz e menos violenta do que as intervenções imediatas da polícia.
Lewandowski afirmou que essa abordagem não substitui a ação da polícia, mas serve como uma medida inicial para evitar o confronto direto, que muitas vezes resulta em mortes e escalonamento da violência. O ministro citou exemplos internacionais em que a mediação de conflitos tem sido bem-sucedida, e propôs o uso de canais de comunicação entre o Estado e facções, especialmente em situações de risco de grandes confrontos.
Essa proposta gerou debate entre especialistas em segurança pública. Enquanto alguns apoiam a ideia de reduzir a violência através de negociações, outros alertam que ela pode ser interpretada como uma forma de enfraquecer a autoridade do Estado, criando um risco de legitimar ações criminosas. A Polícia Militar e outras forças de segurança, tradicionalmente, defendem o uso de ações diretas para combater o crime organizado de maneira eficaz.
O ministro, entretanto, reforçou que a decisão de dialogar ou intervir deve ser ponderada com base no contexto, e que o governo buscará equilibrar medidas de segurança com políticas públicas de reintegração social e pacificação. Essa abordagem busca alinhar esforços de segurança com ações de prevenção e inclusão, no intuito de transformar o sistema de justiça criminal brasileiro.
