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Justiça do Piauí solta réus de latrocínio após mais de dois anos de prisão sem julgamento

A Justiça do Piauí determinou, na última segunda-feira (10), a soltura de três réus acusados de envolvimento no latrocínio do empresário Rafael Soares de Sousa, morto em setembro de 2022 em Teresina. A decisão foi tomada após o juiz João Manoel de Moura Ayres constatar que os acusados estavam presos por períodos excessivos sem julgamento, caracterizando uma “demora processual” por parte do Judiciário.

Iasmin Soares Avelino dos Santos, Maycon Araújo de Moura e Edmundo Victor Borges Batista de Morais estavam detidos há mais de dois anos e um ano e meio, respectivamente, sem que o processo fosse concluído. O juiz destacou que a morosidade não se deu por ação das defesas, mas pela falta de andamento no processo. A prisão preventiva dos réus foi substituída por medidas cautelares, como o monitoramento eletrônico, a proibição de deixar a cidade e recolhimento domiciliar à noite.

Apesar da soltura, a Justiça determinou que os réus compareçam mensalmente à Central Integrada de Alternativas Penais (Ciap) e cumpram outras condições, sob pena de reverter a decisão e restabelecer a prisão preventiva. A audiência de instrução e julgamento, que decidirá se os réus irão a julgamento pelo Tribunal do Júri, está marcada para o dia 18 de junho deste ano.

O crime ocorreu em setembro de 2022, quando Rafael, de 25 anos, foi assassinado a tiros na porta de sua casa, no bairro Morada Nova, em Teresina. Imagens de câmeras de segurança mostram o momento do assassinato, quando o empresário foi abordado por criminosos que dispararam contra ele enquanto ele se aproximava de seu carro. Mesmo ferido, Rafael conseguiu correr para dentro de casa, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu no hospital.

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