Saúde

Fraude no EJA: Mortos e Presos “Matriculados” em Cidade do Piauí

Um relatório da Controladoria Geral da União (CGU) revelou um esquema de fraude no programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA) na cidade de Paquetá, no Piauí, com cerca de 3.813 habitantes. O levantamento apontou que quase metade da população estava matriculada no EJA em 2022, incluindo pessoas falecidas, um preso e indivíduos que não tinham qualquer ligação com as escolas da região.

A investigação da CGU revelou diversas irregularidades, como:

  • “Alunos” Falecidos: Nomes como Luiz Reis dos Santos e Valdeci Roque Cruz, já falecidos, constavam nas listas de matrículas e recebiam notas como se estivessem frequentando as aulas.
  • Preso Matriculado: Um indivíduo preso em Rondônia também figurava como aluno do EJA em Paquetá.
  • “Alunos” de Outros Estados: Um sargento aposentado do Distrito Federal e sua esposa, residentes em Goiás, também apareciam como matriculados no programa.

A fraude prejudicou o sistema educacional, desviando recursos federais destinados ao EJA. Em 2022, as prefeituras recebiam, em média, R$ 5 mil por aluno matriculado no programa.

A prefeitura de Paquetá, atualmente sob gestão de Clayton Barros, do mesmo grupo político do ex-prefeito Thales Coelho, alegou que os nomes de pessoas falecidas foram removidos das listas em 2020, mas permaneceram no sistema por um erro. A gestão também afirmou que todos os alunos matriculados frequentam as aulas e que as listas de presença foram enviadas ao Ministério Público para investigação. O ex-prefeito Thales Coelho negou ter conhecimento de irregularidades durante seu mandato.

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