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Filho de George Soros entra na mira de Trump e pode ser alvo de lei Antimáfia dos EUA

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a mirar a família Soros. Nesta quarta-feira (27), ele ameaçou enquadrar George Soros e seu filho, Alex Soros, na lei RICO (sigla para Racketeer Influenced and Corrupt Organizations Act), conhecida como lei antimáfia norte-americana.

A declaração foi publicada em sua rede Truth Social após críticas recentes de Alex Soros ao ex-presidente. O herdeiro do bilionário afirmou que as tentativas de Trump de pressionar o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o Supremo Tribunal Federal (STF) acabariam fortalecendo o presidente brasileiro.

“George Soros e seu maravilhoso filho de extrema esquerda deveriam ser acusados pela RICO por seu apoio, entre outras coisas, a protestos violentos por todos os EUA”, escreveu Trump.
“Soros e seu grupo de psicopatas causaram grandes danos ao nosso país! Isso inclui seus amigos loucos da Costa Oeste”, completou.

O que é a lei RICO

Criada em 1970, a legislação permite enquadrar indivíduos e organizações acusados de comandar esquemas de fraude, extorsão ou crimes organizados que afetem o comércio interestadual ou internacional. Inicialmente voltada contra máfias tradicionais, a lei vem sendo usada ao longo das décadas contra corporações e grupos políticos.

Alex Soros no comando da Open Society

Alex Soros assumiu em 2023 a presidência do conselho da Open Society Foundations (OSF), rede filantrópica fundada por seu pai e avaliada em US$ 25 bilhões (cerca de R$ 125 bilhões). A OSF financia projetos ligados a direitos humanos, democracia e meio ambiente em diversos países, incluindo o Brasil.

Com 95 anos, George Soros delegou ao filho a gestão do patrimônio estimado em US$ 7,2 bilhões. Ambos são alvos frequentes de teorias conspiratórias da extrema-direita mundial, que os acusam de manipular crises migratórias e movimentos políticos.

Agenda no Brasil

Na última semana, Alex Soros esteve no Brasil, onde se reuniu com os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Marina Silva (Meio Ambiente), Anielle Franco (Igualdade Racial) e com o assessor especial da Presidência, Celso Amorim.

Ele também participou de uma conferência no BNDES, no Rio de Janeiro, e concedeu entrevista à Folha de S.Paulo, em que analisou o cenário político internacional.

Segundo Soros, as pressões de Trump contra o governo Lula e o STF acabam aumentando a popularidade do presidente brasileiro.

“O que Trump está fazendo contra o Brasil vai sair pela culatra. Ele está tornando Lula mais popular”, disse.

O empresário ainda avaliou que a noção de soberania nacional deixou de ser bandeira exclusiva da direita e passou a ser defendida também por setores de centro e centro-esquerda, em reação à postura de Trump em temas como tarifas comerciais e tecnologia.

Críticas às big techs

Alex Soros também defendeu maior regulação sobre as grandes empresas de tecnologia, comparando o atual poder das big techs ao monopólio enfrentado pelo presidente Theodore Roosevelt no início do século XX. Para ele, blocos como União Europeia e Mercosul deveriam articular alianças para “proteger a soberania digital”.

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