Trump promete perseguir inimigos dos EUA em cerimônia dos 250 anos do Exército
Republicano exaltou força militar americana em evento com desfile e críticas à oposição; protestos marcam o momento político no país
O ex-presidente Donald Trump (Partido Republicano) voltou a adotar um tom combativo neste sábado (14), durante a cerimônia oficial de comemoração dos 250 anos do Exército dos Estados Unidos, realizada em Washington. Em um discurso de oito minutos, ele declarou que qualquer ameaça ao povo americano será respondida com força militar.
“Se ameaçar o povo americano, soldados irão atrás de você”, afirmou Trump, diante de milhares de militares, autoridades e convidados.
A celebração destacou a história do Exército, fundado em 1775, com desfiles de 6.700 soldados vestindo réplicas de uniformes de diferentes guerras e a presença de veículos militares históricos e atuais. Helicópteros Apache, Black Hawk e Chinook também participaram do evento, que teve apresentações aéreas e paraquedistas com fumaça colorida.
Trump exaltou o legado das Forças Armadas americanas, repetindo o lema de sua campanha de 2024:
“Soldados americanos lutam, lutam, lutam — e vencem, vencem, vencem.”
Entre as autoridades presentes estavam a primeira-dama Melania Trump, o secretário de Defesa, Pete Hegseth, e o secretário do Exército, Daniel P. Driscoll. Todos estavam protegidos por uma estrutura de vidro à prova de balas. O custo estimado da parada militar foi de US$ 25 a 45 milhões.
Contexto político e protestos
A celebração ocorreu em meio a protestos em diversas cidades dos EUA, com manifestantes criticando a postura de Trump, que consideram autoritária. O slogan “Sem Reis” apareceu em faixas e discursos, sugerindo que o republicano age como um monarca.
A tensão se intensificou após a morte da deputada democrata Melissa Hortman e de seu marido, Mark Hortman, assassinados na madrugada de sábado (14), em Champlin, Minnesota. O atirador, que estava vestido como policial, conseguiu fugir após o ataque. Os protestos no estado foram cancelados após o crime.
O evento militar foi interpretado por aliados de Trump como uma reafirmação da força dos EUA. Já para críticos, o tom do discurso reforça divisões e amplia o clima de instabilidade política às vésperas das eleições presidenciais.