Tempestade em Teresina Arranca Telhas, Derruba Forro e Provoca Incêndio
Na noite de quarta-feira (23), Teresina enfrentou uma nova onda de tempestades que deixou um rastro de prejuízos em universidades e na zona urbana da capital. Ventos fortes e chuva intensa, que totalizaram 33 mm em apenas seis horas (48 mm em 24 horas), segundo a Defesa Civil do Piauí, provocaram danos em pelo menos dois campi universitários, alagamentos, queda de árvores e até um foco de incêndio em prédio sindical.
UFPI: telhas arrancadas e avaliação técnica
No Espaço Rosa dos Ventos, da Universidade Federal do Piauí, parte da cobertura metálica foi literalmente “decolada” pela ventania e lançada nos fundos do Centro de Ciências da Educação (CCE). Apesar do susto, ninguém se feriu. A UFPI informou que a estrutura de sustentação do teto permanece intacta, mas, por precaução, isolou o local e contratou uma equipe de engenharia para verificar possíveis comprometimentos antes de liberar o uso do Cine‑Teatro e dos demais ambientes adjacentes.
Uespi: infiltração derruba forro de sala de aula
No campus da Universidade Estadual, o excesso de água superou a capacidade das calhas de escoamento do Centro de Ciências da Saúde. Em uma das salas de psicologia, o forro cedeu parcialmente, e alunos registraram gotas caindo sobre o projetor. Felizmente, a sala estava vazia quando o incidente ocorreu. A administração da Uespi mobilizou equipes de manutenção, que iniciaram reparos emergenciais ainda na manhã desta quinta-feira (24).
Incêndio na Adufpi
Relâmpagos durante a tempestade provocaram curto‑circuito em fiação externa da sede da Associação dos Docentes da UFPI, na zona Leste, gerando um princípio de incêndio. Funcionários controlaram as chamas antes da chegada do Corpo de Bombeiros, sem vítimas. A Adufpi comunicou que a investigação das causas já foi iniciada e que a sede permanecerá fechada nos próximos dias até conclusão do laudo sobre danos estruturais e de equipamentos.
Transbordamento, quedas de árvore e falta de energia
Em bairros como Mocambinho, Cabral e Porenquanto, comércio e residências ficaram alagados; avenidas Arlindo Nogueira, Quintino Bocaiúva e João XXIII registraram pontos de alagamento e interrupção no trânsito, agravados pela queda de um tronco que bloqueou parte da pista. Semáforos ficaram inoperantes em cruzamentos críticos da Frei Serafim e da Marechal Castelo Branco, intensificando os congestionamentos. Além disso, falhas na rede elétrica deixaram vários quarteirões sem luz por horas, enquanto equipes da Eletrobras trabalham para restabelecer o serviço.
Contexto e perspectivas
As fortes chuvas de abril evidenciam a vulnerabilidade de algumas estruturas antigas diante de padrões climáticos cada vez mais extremos. Tanto a UFPI quanto a Uespi atribuem a magnitude dos danos às intensidades atípicas das tempestades recentes, reforçando a necessidade de revisões periódicas em coberturas, drenagem e sistemas elétricos. A Defesa Civil segue monitorando os níveis de água em córregos e aguarda novos prognósticos meteorológicos para recomendar medidas preventivas à população.