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Prefeito de Teresina anuncia novo modelo de repasse para empresas de ônibus com base em veículos em circulação

O prefeito de Teresina, Silvio Mendes (União Brasil), anunciou nesta quarta-feira (29) mudanças significativas na forma de repasse dos subsídios às empresas que operam o sistema de transporte coletivo da cidade. A principal novidade é que os pagamentos serão proporcionais à quantidade de ônibus efetivamente colocados em circulação pelas empresas, visando maior controle e eficiência no serviço prestado à população.

A decisão foi tomada durante reunião com representantes do setor e inclui outra mudança importante: os repasses não serão mais intermediados pelo Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut). Agora, a Prefeitura fará os pagamentos diretamente aos consórcios operacionais.

Em entrevista à imprensa, Silvio Mendes destacou a importância de monitorar e condicionar os repasses ao cumprimento das obrigações por parte das empresas.


“O subsídio não será mais dado aos consórcios de forma geral. A Prefeitura vai pagar diretamente às empresas que colocarem ônibus nas ruas, de maneira proporcional às unidades em operação. Quem botar ônibus, recebe. Quem não botar, não recebe. Queremos acompanhar a quilometragem, a frequência e verificar se o serviço está atendendo à população”, declarou o prefeito.

Dívida e custo do sistema

Silvio Mendes revelou que a Prefeitura contesta a dívida de aproximadamente R$ 200 milhões apresentada pelo Setut. Ele afirmou que o Município vai revisar o montante e buscar soluções equilibradas para a questão.

Sobre a tarifa atual, que custa R$ 4 (inteira) e R$ 1,35 (meia), o prefeito evitou falar em reajustes, mas mencionou o cálculo do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PI), que aponta que o valor ideal da passagem, considerando um sistema plenamente funcional, seria de R$ 9,80.
“O cálculo do Tribunal de Contas é muito alto e inviável para a população. Precisamos chegar a uma composição justa, onde todos cedam – empresários e Prefeitura. A maioria da população depende do transporte público, e quem não tem alternativa, como uma moto, precisa de um sistema acessível e eficiente”, ressaltou.

A medida busca aumentar a transparência na gestão do transporte coletivo e garantir que os recursos públicos sejam direcionados de forma justa, incentivando a melhoria do serviço para os usuários.

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