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Oposição mantém obstrução no Congresso e plenário do Senado chega a ficar no escuro

Senadores utilizam luz dos celulares após energia ser desligada; oposição pressiona por anistia aos presos do 8 de Janeiro e impeachment de Moraes

O Congresso Nacional enfrenta mais um dia de impasse. Na noite desta terça-feira (5), senadores da oposição ao governo Lula permaneceram no plenário do Senado mesmo após o apagamento das luzes do local. A ação fez parte de uma estratégia de obstrução para pressionar as presidências da Câmara e do Senado a pautarem projetos de interesse de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Durante a noite, senadores continuaram ocupando o plenário utilizando a iluminação de celulares. Entre os presentes estava o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que permaneceu sentado na área da Mesa Diretora.

A obstrução visa forçar a votação de propostas como a anistia aos condenados pelos atos golpistas de 8 de Janeiro e o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. A pauta da oposição inclui ainda a votação do projeto que acaba com o foro privilegiado, o que pode impactar diretamente os processos envolvendo Jair Bolsonaro.

Mais cedo, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), fez um apelo à oposição por diálogo e civilidade para evitar o prolongamento da paralisação. Em nota, ele afirmou:

“Precisamos retomar os trabalhos com respeito, civilidade e diálogo, para que o Congresso siga cumprindo sua missão em favor do Brasil.”

Na Câmara dos Deputados, o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), determinou o encerramento da sessão ainda na tarde de terça e convocou uma reunião de líderes para esta quarta-feira (6). O objetivo é discutir formas de pacificar os ânimos e retomar a pauta legislativa.

“O Parlamento deve ser a ponte para o entendimento”, declarou Motta.

A movimentação da oposição deve continuar nos próximos dias, com a manutenção das estratégias de obstrução até que suas demandas sejam debatidas ou incluídas na pauta de votações.

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