Médico desvenda segredos da longevidade ao estudar DNA de superidosos
Pesquisas recentes conduzidas por um médico brasileiro especializado em envelhecimento estão revelando pistas valiosas sobre os fatores genéticos que podem estar por trás da longevidade extrema. O estudo focou em superidosos, pessoas com mais de 90 anos que chegam a essa idade com autonomia física, mental e poucas doenças crônicas.
Segundo o especialista, esses indivíduos apresentam um conjunto raro de variantes genéticas que parecem oferecer proteção contra doenças degenerativas como Alzheimer, câncer e doenças cardiovasculares. Além disso, seus organismos mantêm uma capacidade de resiliência celular e resposta imunológica eficiente mesmo em idades avançadas.
DNA como chave da longevidade
O estudo genético indicou que superidosos compartilham mutações que favorecem processos de reparo celular, controle da inflamação e equilíbrio metabólico. Esses fatores parecem impedir ou retardar o acúmulo de danos que, em pessoas comuns, leva ao surgimento de doenças associadas ao envelhecimento.
Outro dado surpreendente é que muitos desses idosos não necessariamente seguiram hábitos de vida extremamente saudáveis ao longo da vida. Isso reforça a hipótese de que, para uma parcela da população, a genética exerce um papel mais determinante do que o estilo de vida no envelhecimento saudável.
Longevidade não depende só de genética
Apesar das descobertas genéticas, o médico destaca que a longevidade não é exclusivamente definida pelo DNA. Fatores como acesso à saúde, ambiente familiar acolhedor, atividade intelectual, relações sociais e até mesmo propósito de vida também se mostram presentes com frequência entre os superidosos estudados.
“Envelhecer bem é uma soma de genética, contexto social e emocional. Não existe uma fórmula única, mas há padrões que ajudam a entender melhor quem vive mais e melhor”, afirma o pesquisador.
Implicações futuras
As descobertas podem contribuir para o desenvolvimento de terapias preventivas, medicamentos e até programas personalizados de saúde, com foco na qualidade de vida durante o envelhecimento, e não apenas na extensão da vida.
A pesquisa ainda está em andamento, mas promete abrir novas fronteiras no campo da medicina de precisão e do envelhecimento saudável.