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Justiça condena policiais e despachantes por esquema de corrupção no Detran de Minas Gerais

A Justiça de Minas Gerais condenou 15 pessoas, entre policiais civis e despachantes, por envolvimento em um esquema de corrupção no Detran/MG. As penas, que variam de acordo com a participação de cada réu, somam mais de 211 anos de prisão, além de multas que chegam a aproximadamente R$ 785 mil.

Segundo o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), os condenados integravam uma organização criminosa que atuava em crimes de corrupção, falsidade ideológica, prevaricação e usurpação de função pública. O grupo recebia propina para atestar falsamente vistorias veiculares, acelerar a emissão de documentos e permitir que emplacamentos e lacrações fossem feitos fora do órgão de trânsito.

As investigações foram conduzidas pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), núcleo de Varginha, em conjunto com a Promotoria de Justiça de Elói Mendes. A operação, chamada “Êxodo 23”, foi deflagrada em dezembro de 2019 e desarticulou a quadrilha que atuava nas cidades de Elói Mendes e Varginha.

Na época, foram cumpridos 16 mandados de prisão preventiva e 21 mandados de busca e apreensão, com apoio de mais de 100 agentes, incluindo policiais militares, civis, promotores e servidores do Ministério Público. As investigações duraram cerca de dois anos.

Além das penas de prisão e multas, os envolvidos foram condenados ao pagamento de R$ 200 mil por danos morais coletivos. Também foi decretada a perda do cargo público para os policiais civis participantes do esquema.

O MPMG informou ainda que aqueles que colaboraram com as apurações tiveram redução das penas e não precisarão cumprir reclusão em regime fechado. A decisão, no entanto, ainda cabe recurso.

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