Influenciadora é presa novamente por divulgar jogos de azar e justifica como ‘único meio de vida’
A influenciadora Marta Evelyn, conhecida nas redes sociais como Yrla Lima, foi novamente presa nesta quarta-feira (18) por divulgar ilegalmente jogos de azar. A prisão preventiva foi realizada na residência da jovem, no bairro Alto da Ressurreição, em Teresina. De acordo com o delegado Humberto Mácola, titular da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), Marta justificou sua atitude alegando que a promoção de apostas era o único meio de sustento para ela. Após ser detida, ela foi levada para prestar depoimento na DRCI e, ao sair da delegacia, ofendeu jornalistas presentes no local.
No depoimento, Marta Evelyn admitiu ter continuado a divulgar os jogos, embora o delegado tenha enfatizado que isso não é uma justificativa legal, já que existem outras formas lícitas de trabalho. A jovem foi presa horas depois de publicar novamente anúncios de plataformas de apostas em suas redes sociais. Segundo o delegado, o crime de divulgação de jogos de azar não será tolerado e qualquer pessoa que participar dessa prática poderá ser alvo de investigação. “Estamos atentos para garantir que a criminalidade não se propague, principalmente em um meio tão amplo quanto as redes sociais”, declarou Mácola.
Essa não é a primeira vez que Marta Evelyn se envolve em questões legais relacionadas à divulgação de jogos de azar. Em outubro, ela foi uma das influenciadoras presas durante a Operação Jogo Sujo, uma ação da Polícia Civil do Piauí destinada a combater a divulgação de jogos de azar ilegais na internet. Naquela ocasião, oito pessoas foram presas, e outros influenciadores, incluindo Marta, tiveram mandados de prisão cumpridos. Durante a operação, a polícia também apreendeu veículos, dinheiro e objetos de luxo de vários investigados, cujas fontes de renda eram incompatíveis com o padrão de vida demonstrado.
A Operação Jogo Sujo identificou que esses influenciadores promoviam apostas por meio de vídeos falsos, mostrando ganhadores e apostas vencedoras, enganando assim os seguidores. As plataformas de apostas, por sua vez, recrutavam esses influenciadores, que já possuíam grande número de seguidores, para promover os jogos em troca de remuneração.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Piauí, os investigados são acusados de crimes como estelionato, lavagem de dinheiro, indução ao erro do consumidor e associação criminosa. Durante a ação, a polícia apreendeu R$ 500 mil em dinheiro, além de armas, joias e veículos de luxo. O delegado Humberto Mácola alertou que, embora essas práticas pareçam pequenas, elas têm um impacto devastador na sociedade, destruindo famílias e levando algumas vítimas a situações extremas, como o suicídio.