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Bolsonaro indica Tarcísio, Ciro Nogueira e outros aliados como testemunhas em processo no STF

O ex-presidente Jair Bolsonaro apresentou nesta segunda-feira (28) sua defesa prévia ao Supremo Tribunal Federal (STF) no processo em que é réu por participação em uma suposta trama golpista. No documento, Bolsonaro arrolou 15 testemunhas de defesa, incluindo figuras de destaque como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e o senador Ciro Nogueira (PP-PI).

Também estão na lista nomes como o ex-ministro da Saúde e atual deputado federal Eduardo Pazuello (PL-RJ), os senadores Rogério Marinho (PL-RN) e Hamilton Mourão (Republicanos-RS), além de militares e técnicos, como o general do Exército Gomes Freire, o brigadeiro Batista Júnior e o ex-diretor do TSE Giuseppe Janino, especialista em urnas eletrônicas.

A defesa ainda criticou a forma como Bolsonaro foi intimado para o processo, enquanto se recuperava de uma cirurgia intestinal na UTI do Hospital DF Star, em Brasília. Os advogados alegam que a intimação foi feita em desacordo com o Código de Processo Civil e sem considerar a recomendação médica de evitar contato naquele momento.

Entenda o caso

Bolsonaro e outros sete aliados tornaram-se réus no STF em março deste ano. Eles são acusados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de integrar uma organização criminosa com objetivo de abolir o Estado Democrático de Direito por meios violentos, incluindo tentativa de golpe de Estado, danos ao patrimônio público e ameaças graves.

De acordo com a PGR, Bolsonaro teria conhecimento do plano denominado “Punhal Verde Amarelo”, que envolveria, entre outras ações extremas, um suposto atentado contra o presidente Lula, o vice Geraldo Alckmin e o ministro do STF Alexandre de Moraes. A acusação também menciona a chamada “minuta do golpe”, um rascunho de decreto que daria base a uma tentativa de ruptura institucional no país.

A apresentação das testemunhas é parte do trâmite inicial da ação penal. A partir de agora, o STF definirá os próximos passos do julgamento.

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