Alexandre de Moraes revoga prisão preventiva e determina a soltura de Gilson Machado
Brasília (DF) – O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), revogou nesta sexta-feira (14) a prisão preventiva do ex-ministro do Turismo Gilson Machado, aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro. Preso pela manhã em Recife (PE), Machado é suspeito de tentar obter um passaporte português para Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e delator na investigação sobre a tentativa de golpe de Estado.
Na decisão, Moraes afirmou que a prisão preventiva perdeu sua necessidade após diligências da Polícia Federal e destacou que a medida já teve eficácia suficiente. Ele acolheu manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR), que defendeu a substituição da prisão por medidas cautelares menos gravosas.
Entre as medidas impostas pelo STF estão:
- Proibição de sair do país;
- Cancelamento e proibição de emissão de novo passaporte;
- Obrigação de comparecimento quinzenal à Justiça;
- Proibição de manter contato com outros investigados no inquérito.
Moraes sustentou que há “indícios suficientes” de que Gilson Machado tentou auxiliar Mauro Cid a escapar da Justiça, o que pode caracterizar crime de obstrução de investigação.
Com a decisão, a defesa de Machado se dirigiu à unidade prisional de Abreu e Lima, em Pernambuco, para providenciar sua liberação.