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Empreendimentos Familiares Reforçam a Importância do Trabalho em Conjunto no Piauí

O programa “Piauí de Riquezas” deste sábado (15) destacou histórias inspiradoras de famílias que mantêm empreendimentos gastronômicos artesanais, passados de geração para geração. De licores a mel e rapadura, essas famílias preservam tradições enquanto impulsionam a economia local.

Produção Artesanal de Licor em Teresina

Na região da Cerâmica Cil, zona rural Sul de Teresina, dois irmãos decidiram dar continuidade ao legado do pai, que iniciou a produção de cerâmica e cachaça. Atualmente, além dessas atividades, a família também se dedica à fabricação artesanal de licores.

Ivani Gonçalves, uma das empreendedoras, contou que seu pai, natural de Barras, montou uma fábrica no local, que mais tarde se tornou um povoado. Hoje, ela e o irmão Marcos, junto com dois funcionários, produzem 16 sabores de licor, incluindo os tradicionais caju e bacuri.

“O papai sempre dizia que criou os filhos fabricando cachaça. Durante a pandemia, começamos com o licor, uma ideia do meu irmão. Iniciamos com o de laranja, e hoje já temos 16 sabores”, relatou Ivani.

Produção Familiar de Mel e Rapadura em Brasileira

No município de Brasileira, a 155 km de Teresina, a família Melo fortalece a produção do mel de cana na Comunidade Piedade. O guia de turismo e membro da família, Romário Melo, explicou que entre os meses de julho e novembro os familiares plantam e colhem a cana-de-açúcar, que serve como base para a produção artesanal de mel e rapadura.

“Faço esse trabalho desde os 10 anos, quando meu pai já trabalhava com isso. Hoje tenho 59 anos, e continuamos juntos, toda a família reunida”, afirmou o pai de Romário.

Na etapa de purificação da garapa de cana, a família utiliza a casca de uma planta típica da região, a mutamba. O processo consiste em cortar a casca, deixá-la de molho na água e, posteriormente, usá-la para limpar a garapa.

Cada membro da família Melo desempenha uma função específica na produção: alguns atuam no plantio e colheita, outros operam o moinho da cana, que ainda é movido manualmente com o auxílio do gado, e o restante participa diretamente da fabricação do mel e da rapadura.

Essas histórias demonstram como o trabalho familiar fortalece o empreendedorismo no Piauí, mantendo vivas tradições que passam de geração para geração.

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