Decisão de Moraes sobre Rodrigo Constantino alimenta teorias na direita sobre pressão dos EUA
A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de autorizar o desbloqueio das redes sociais do comentarista Rodrigo Constantino gerou repercussão significativa entre figuras da direita. O gesto foi interpretado por alguns como uma possível resposta às recentes sanções impostas a Moraes pelo governo dos Estados Unidos, liderado por Donald Trump.
O advogado Jeffrey Chiquini, que defende Filipe Martins — um dos investigados por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado em 2022 —, mencionou em suas redes sociais o que chamou de “efeito Magnitsky”, em alusão à Lei Magnitsky, instrumento legal usado pelos EUA para punir violações de direitos humanos no exterior.
“Moraes acaba de determinar o desbloqueio de todas as redes sociais do Rodrigo Constantino: TODAS – X, Instagram, TikTok, Facebook, YouTube…”, escreveu Chiquini, insinuando que a mudança de postura estaria ligada à pressão internacional.
A decisão foi comemorada pelo advogado de Constantino, Emerson Grigollette. Em nota, ele afirmou: “O escritório acabou de ser intimado pelo Gabinete do Ministro Alexandre de Moraes, deferindo o pedido de desbloqueio de todas as redes sociais do grande Rodrigo Constantino. Estamos acompanhando o cumprimento dessa ordem pelas plataformas.”
A medida foi vista com cautela por aliados da direita. O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) comentou que a resposta do STF às sanções poderia seguir duas direções: endurecimento ou recuo estratégico. “Diante das sanções, o sistema pode reagir com mais repressão, ou optar por algum recuo estratégico. Ambos os caminhos são possíveis e perigosos”, disse.
Apesar das especulações, Alexandre de Moraes tem afirmado que manterá sua linha de atuação e que não irá ceder às pressões externas, inclusive as impostas pelas sanções do governo Trump.
Enquanto isso, o PT acionou o STF na tentativa de blindar Moraes contra os efeitos da Lei Magnitsky, num movimento que também está sendo acompanhado de perto pelo Planalto e seus aliados.