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Debate Sobre IA no MWC 2025: Potencial Transformador ou Riscos Sociais?

O palco principal da feira de tecnologia MWC (Mobile World Congress), em Barcelona, recebeu dois palestrantes na segunda-feira (3) com visões opostas sobre os impactos da inteligência artificial no futuro da humanidade. De um lado, o futurologista e pesquisador Ray Kurzweil defendeu que a IA pode se integrar à vida humana e transformá-la positivamente. Do outro, o escritor e professor da Universidade de Nova York Scott Galloway alertou sobre os perigos da tecnologia.

O Futuro Promissor Segundo Kurzweil

Kurzweil destacou que a inteligência artificial pode impulsionar descobertas genéticas e avanços médicos, aumentando significativamente a longevidade humana. Segundo ele, até 2032, os avanços científicos permitirão que a cada ano vivido, a expectativa de vida aumente proporcionalmente.

Além disso, ele previu que a popularização da direção autônoma reduzirá drasticamente o número de acidentes e que a inteligência artificial impulsionará a energia solar como a matriz dominante do planeta. Embora reconheça riscos como alucinações, ameaças técnicas e possíveis abusos, Kurzweil afirmou que os modelos de IA estão mais confiáveis do que há dois anos.

“Se olharmos para o passado, as pessoas sempre se preocuparam com as implicações negativas de novas descobertas, mas, no final, os resultados são muito mais positivos”, declarou.

O Alerta de Scott Galloway

Por outro lado, Galloway enfatizou que a ascensão da inteligência artificial pode afetar principalmente homens jovens, tornando-os mais propensos à solidão e à radicalização. Ele criticou líderes de big techs por não enfrentarem os riscos da IA e por se manterem omissos diante da política, especialmente com a reeleição de Donald Trump.

“As empresas mais inteligentes do mundo estão criando uma geração de pessoas assexuadas e antisociais que passam o tempo olhando para telas. Isso gera lucro”, afirmou Galloway. Segundo ele, as companhias descobriram que a raiva é a ferramenta definitiva de branding, substituindo a conexão humana.

Ele destacou que 40% dos americanos já não conversam com seus vizinhos devido a discordâncias políticas, um reflexo da divisão causada pelos algoritmos. O professor também criticou CEOs como Tim Cook (Apple), Satya Nadella (Microsoft) e Sam Altman (OpenAI) por se aproximarem de Trump após sua eleição, em vez de se posicionarem em defesa da democracia.

“O efeito dominó de covardia entre os super-ricos é simplesmente decepcionante e antiamericano”, concluiu Galloway.

O Debate Continua

O embate entre otimismo e preocupação reflete a dualidade da inteligência artificial no mundo atual. Enquanto Kurzweil vê a tecnologia como um catalisador de progresso, Galloway alerta para os riscos sociais e políticos que podem surgir. O futuro da IA segue em debate, e suas implicações ainda estão sendo moldadas.

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