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Congresso inicia novo recesso informal e paralisa atividades em meio a evento do Brics

O Congresso Nacional inicia nesta segunda-feira (2) mais uma semana sem atividades legislativas, em meio ao 11º Fórum Parlamentar do Brics, em Brasília. Apesar de o evento servir como justificativa oficial, a maioria dos parlamentares não participará das discussões. Esta é a terceira semana de “recesso informal” registrada apenas neste ano, desde fevereiro.

Enquanto isso, votações importantes seguem paralisadas, como a instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar denúncias de fraudes bilionárias contra aposentados do INSS. A suspensão dos trabalhos coincide com o início das festividades juninas no país, especialmente no Nordeste.

Festas juninas já começaram

Embora o dia de São João seja celebrado apenas em 24 de junho, Estados como o Ceará já deram início às festividades neste sábado (31). Em várias regiões, as celebrações se estendem por todo o mês.

CPMI do INSS adiada

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), anunciou que a instalação da CPMI do INSS ocorrerá apenas no dia 17 de junho, na última sessão do semestre legislativo. Até lá, não há expectativa de avanço no tema.

Projetos importantes seguem sem previsão de votação

Outro tema aguardado é o projeto que prevê anistia aos presos pelos atos de 8 de janeiro de 2023, mas ainda não há previsão de que entre na pauta do Congresso.

Durante o Fórum Parlamentar do Brics, entre os dias 3 e 4 de junho, estão previstas reuniões e seminários. No entanto, a retomada efetiva dos trabalhos legislativos só deve ocorrer no dia 10.

STF completa dois meses de julgamento sem conclusão sobre o 8 de janeiro

Na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), o julgamento dos 34 réus acusados de liderar a tentativa de golpe de Estado em 8 de janeiro de 2023 completa 65 dias sem previsão de encerramento. Até o momento, nem todas as testemunhas de defesa do “primeiro núcleo” da acusação foram ouvidas.

O senador Rogério Marinho (PL-RN), última testemunha desse grupo, deve prestar depoimento nesta segunda-feira (2). No total, serão ouvidas 52 testemunhas, além de outras duas por escrito, nas treze sessões de julgamento programadas.

Ainda não há previsão para o início das oitivas referentes aos demais três núcleos processuais. O recesso do STF terá início em 2 de julho.

Governo amplia gastos e enfrenta críticas

Dois dias após declarações sobre riscos de “paralisia” da máquina pública caso o aumento do IOF fosse suspenso, o governo federal anunciou um pacote de R$ 78 bilhões para reajustes salariais de servidores.

O senador Davi Alcolumbre (União-AP) e o empresário Pablo Marçal (PRTB) figuram como os políticos com maior rejeição no país, ambos com 71%, segundo a pesquisa AtlasIntel/Bloomberg.

Agronegócio impulsiona PIB

Apesar de tensões políticas, o agronegócio segue como motor da economia brasileira, com crescimento de 12,2% no primeiro trimestre de 2025, o equivalente a R$ 233,9 bilhões, segundo dados oficiais.

Pressão sobre o IOF gera atrito político

Em jantar com parlamentares para defender a manutenção do aumento do IOF, o ministro Fernando Haddad (apelidado de “Taxxad” por opositores) chegou a ameaçar segurar a liberação de emendas parlamentares, o que gerou críticas. O deputado Evair de Melo (PP-ES) pretende acionar a Comissão de Ética da Presidência da República, alegando chantagem.

Justiça condena ex-vereador por rachadinha após sua morte

O ex-vereador Francisco Carlos Cabrini, de Araucária (PR), foi condenado por prática de rachadinha, acusação que envolvia o confisco de até 92% dos salários de seus assessores. A condenação ocorreu após sua morte, registrada em 2023.

Debate sobre conta de luz gratuita

O deputado Osmar Terra (MDB-RS) criticou o anúncio do presidente Lula sobre isenção na conta de luz, destacando que o custo estimado em R$ 4,45 bilhões será, na prática, arcado pelos próprios consumidores.

Polêmica sobre misoginia volta à tona

O recente episódio de solidariedade a Marina Silva após discussão no Senado foi comparado por críticos à ausência de reação quando o presidente Lula fez declarações consideradas misóginas à diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, referindo-se a ela como “mulherzinha”.

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