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Câmeras corporais mostram PM da Rota atirando por engano em policial civil durante operação em SP

Imagens reveladas nesta semana mostram o momento em que um policial militar da Rota atira por engano contra um agente da Polícia Civil durante uma operação na comunidade do Fogaréu, na Zona Sul de São Paulo. O caso ocorreu no dia 11 de julho e resultou na morte do investigador Rafael Moura da Silva, atingido por três disparos, dois deles no tórax.

A gravação da câmera corporal do sargento Marcus Augusto Costa Mendes, da Polícia Militar, mostra que a troca de tiros teve início apenas 16 segundos após o início da filmagem. Segundo a PM, o sargento estava em patrulhamento quando se deparou com o policial civil, que estava à paisana, mas com o distintivo da corporação visível.

Outro vídeo, feito pelo agente Marcos Santos de Sousa, também ferido de raspão na ação, mostra com clareza a identificação de Rafael. Mesmo assim, o PM reagiu com disparos. A defesa de Marcus afirma que ele agiu em legítima defesa, ao interpretar a situação como uma ameaça iminente.

Após os tiros, os próprios policiais da Rota tentaram prestar socorro ao investigador e acionaram o resgate ao perceberem o erro. Rafael foi levado ao Hospital das Clínicas, mas não resistiu aos ferimentos e morreu cinco dias depois.

A Justiça determinou o afastamento cautelar do sargento Marcus Mendes e do PM Robson Santos Barreto, que o acompanhava na ação. Robson já havia participado de outra operação um mês antes, na mesma região, que também terminou com a morte de um suspeito, em circunstâncias ainda não esclarecidas.

A família de Rafael pede justiça. “Ele sempre me ligava em vídeo para mostrar que estava bem. Mas naquele dia, não atendeu”, disse, emocionada, a esposa do policial, Kátia Santos Dias.

O caso está sendo investigado pela Corregedoria da Polícia Militar e pela Polícia Civil.

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