Boulos participa de ato em Lisboa e denuncia crise democrática no Brasil
O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) participou nesta segunda-feira (data do evento) de um ato em Lisboa, Portugal, para denunciar o que classifica como uma grave crise democrática no Brasil. O evento, realizado no Teatro do Capitólio, um dos mais importantes da capital portuguesa, reuniu representantes de partidos de esquerda, intelectuais e lideranças políticas do Brasil e da Europa.
Segundo Boulos, a iniciativa busca chamar a atenção da comunidade internacional para o que ele considera a maior crise democrática vivida pelo Brasil desde o fim da ditadura militar. “Estamos aqui para fazer uma denúncia. Se o Supremo Tribunal Federal finge que não houve, se parte do Judiciário brasileiro vira as costas para a defesa da democracia e chancela que a Constituição seja rasgada, nós temos que levar essa denúncia mundo afora”, afirmou.
O parlamentar criticou o que considera uma escalada de violência política e a atuação do Judiciário, que, segundo ele, teria influenciado indevidamente o processo eleitoral. “Resolveram o processo eleitoral no tapetão e colocaram o Lula na cadeia sem nenhuma prova. O Lula é um preso político”, declarou.
O evento contou com a participação de partidos como o Bloco de Esquerda de Portugal, o Partido Socialista português, o Podemos da Espanha, além de intelectuais como Boaventura de Sousa Santos e Pilar Del Río. Também estiveram presentes lideranças brasileiras, como o ex-ministro Tarso Genro, e representantes de movimentos sociais de Portugal e Espanha.
Boulos destacou que a mobilização faz parte de uma campanha internacional em defesa da democracia brasileira. Segundo ele, reuniões já foram realizadas com partidos como o Podemos, da Espanha, com representantes da Frente Ampla do Chile e com organizações como a França Insubmissa.
“Estamos articulando uma grande campanha internacional. O mundo precisa saber que hoje, no Brasil, a democracia está em farrapos e há presos políticos. Essa denúncia precisa ecoar mundo afora. Hoje é um momento de muita resistência”, concluiu.