Ataque russo com mísseis atinge Sumy durante celebração religiosa e deixa ao menos 32 mortos

Um ataque com mísseis russos atingiu a cidade de Sumy, no nordeste da Ucrânia, na manhã deste domingo (13), enquanto moradores participavam de cultos religiosos de Domingo de Ramos. Segundo autoridades locais, ao menos 32 pessoas morreram e outras 84 ficaram feridas, entre elas dez crianças.

“Muitas pessoas foram mortas hoje como resultado do ataque com mísseis”, declarou o prefeito de Sumy, Artem Kobzar, confirmando o número de vítimas.

De acordo com o chefe da administração militar regional, Volodymyr Artyukh, dois mísseis balísticos foram lançados contra o centro da cidade, justamente em um momento de grande movimentação de civis. “Naquele momento, havia muita gente na rua”, relatou.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, responsabilizou Moscou pelo bombardeio e afirmou que o ataque foi realizado com mísseis balísticos. Em nota, ele pediu uma “resposta forte do mundo” diante do que chamou de mais um ato de terror.

“A Rússia quer exatamente esse tipo de terror e está prolongando esta guerra. Sem pressão sobre o agressor, a paz é impossível”, disse Zelensky. “Precisamos tratar a Rússia como um terrorista merece.”

Este é mais um episódio dentro de uma escalada recente de ataques russos contra a região de Sumy. Segundo autoridades ucranianas, as forças russas intensificaram os bombardeios e já conseguiram expulsar tropas ucranianas de áreas próximas à fronteira com a Rússia, além de ocuparem pequenos assentamentos dentro da própria região.

A ofensiva ocorre poucos dias após outro ataque com míssil russo atingir a cidade de Kryvyi Rih, no centro do país, matando 20 pessoas.

A comunidade internacional reagiu com indignação. Kaja Kallas, chefe da política externa da União Europeia, classificou o bombardeio como um “exemplo horrível da Rússia intensificando ataques enquanto a Ucrânia aceitou um cessar-fogo incondicional”. O presidente francês, Emmanuel Macron, também se manifestou, pedindo “medidas fortes” para impor um cessar-fogo.

O coordenador humanitário da ONU para a Ucrânia, Matthias Schmale, condenou veementemente o ataque. Segundo ele, o direito internacional humanitário “proíbe estritamente ataques contra civis e infraestrutura civil”.

Além do massacre em Sumy, ataques russos nas últimas 24 horas nas regiões de Donetsk, Kharkiv e Kherson deixaram ao menos oito mortos e 18 feridos, segundo autoridades ucranianas.