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Antonio Cabrera critica atuação de ONGs no agronegócio e defende a Ferrogrão como solução ambiental e logística

O ex-ministro da Agricultura Antonio Cabrera fez duras críticas à atuação de ONGs internacionais no setor do agronegócio brasileiro, alegando que muitas delas operam sob a fachada de proteção ambiental, mas na verdade têm interesses econômicos e protecionistas.

Segundo Cabrera, “a maioria dessas ONGs que atuam no agronegócio está travestida de ambientalistas, mas o que realmente as incomoda não é o verde das nossas matas, e sim o amarelo da nossa soja e do nosso suco de laranja”. Ele aponta que o verdadeiro objetivo seria limitar a competitividade do Brasil no cenário global.

Durante sua fala, Cabrera destacou o projeto da Ferrogrão, uma ferrovia de 930 km planejada para ligar o norte do Mato Grosso ao Pará, como o maior projeto de descarbonização do mundo. Segundo ele, a obra é estratégica tanto para a economia quanto para o meio ambiente.

“Se me perguntassem o que o Brasil deveria levar para a COP-30, em Belém, eu diria: a Ferrogrão. É um projeto que pode reduzir em até 77% as emissões de CO₂ no transporte de grãos, segundo dados do próprio governo federal.”

O ex-ministro também mencionou a CPI das ONGs, que revelou que cerca de 80% dos recursos de algumas dessas organizações vêm da Europa. Ele questiona o motivo de países como França e Alemanha financiarem a oposição a uma obra de infraestrutura ambientalmente positiva para o Brasil.

“O Mato Grosso, maior estado agrícola do país, tem apenas 200 km de ferrovia. Enquanto isso, França e Alemanha, com territórios semelhantes, possuem 70 mil km. A Ferrogrão adicionaria mais 930 km à nossa malha ferroviária, o que ainda é muito pouco, mas representaria um salto logístico enorme.”

Cabrera conclui dizendo que, com a Ferrogrão, o agronegócio brasileiro pode ter um ganho de até 30% em competitividade, consolidando o país como líder mundial na produção agrícola de forma mais sustentável.

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