Aldo Rebelo critica atuação de ONGs e jornalistas na Amazônia
Durante uma declaração pública, o ex-ministro Aldo Rebelo fez duras críticas à atuação de algumas organizações não governamentais (ONGs) e jornalistas na região amazônica. Segundo ele, há um esforço coordenado por parte de ONGs para construir uma narrativa própria sobre a Amazônia, com pouca conexão com a realidade das populações locais.
Rebelo relatou um episódio ocorrido em Altamira (PA), quando uma jornalista vinculada a uma ONG do Rio de Janeiro teria interrogado, segundo suas palavras, “como se fosse policial”, a presidente do sindicato rural local, suspeitando que ela estivesse financiando uma viagem do próprio ex-ministro. “Não estava”, afirmou ele. “Ela voltou sem a notícia que queria.”
Segundo Rebelo, essas ONGs dispõem de grandes recursos e contratam jornalistas experientes, muitos deles egressos de veículos da grande imprensa, como O Estado de S. Paulo e O Globo. “As ONGs pagam seus jornalistas a peso de ouro”, declarou, sugerindo que esses profissionais seriam recrutados para construir versões parciais sobre a realidade da Amazônia.
O ex-ministro classificou as ONGs em diferentes grupos: “Há as que fazem barulho e agitação para captar recursos com a promessa de proteger, entre aspas, a floresta; outras copitam lideranças e pesquisadores acadêmicos, e ainda há aquelas que atuam diretamente na comunicação.” Segundo ele, muitas dessas ONGs de comunicação funcionam como agências de mídia, mas sem contato efetivo com a população amazônica. “Registram presença na Amazônia, dizem que vivem lá, mas moram em condomínios fechados, sem qualquer ligação com o povo. Parece uma administração colonial”, afirmou.
As declarações de Aldo Rebelo vêm em meio a discussões recorrentes sobre o papel das ONGs na Amazônia, especialmente no contexto da política ambiental e do desenvolvimento sustentável da região.