Crítica ao governo: empresário aponta custo elevado da folha de pagamento como entrave à geração de empregos
Declarações recentes do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o mercado de trabalho geraram reações entre empresários e críticos do governo. Em fala pública, Lula citou relatos de empresários que afirmam não conseguir preencher vagas de emprego devido ao suposto desinteresse de beneficiários do Bolsa Família. Segundo o presidente, o real motivo seria o baixo salário oferecido por essas empresas.
Contudo, críticos da política econômica do governo argumentam que a dificuldade de oferecer salários mais altos está diretamente relacionada à elevada carga tributária sobre a folha de pagamento. Eles apontam que o custo total para contratar um trabalhador pode chegar ao triplo do salário bruto pago ao funcionário.
Por exemplo, para um empregado que recebe R$ 2 mil por mês, o empregador pode ter um custo final entre R$ 5,6 mil e R$ 6 mil, considerando encargos como INSS patronal, FGTS, férias, 13º salário e demais tributos trabalhistas. Para esses críticos, a alta carga torna a formalização de empregos mais cara e menos atrativa, tanto para o empregador quanto para o empregado.
Essas vozes também destacam que, ao invés de adotar medidas de desoneração da folha de pagamento, o governo Lula teria adotado o caminho oposto. Em janeiro de 2025, o Executivo federal decidiu reonerar a folha, aumentando os encargos para diversos setores da economia, medida que foi alvo de críticas por parte de entidades empresariais e parlamentares.
Além da questão trabalhista, há críticas sobre os gastos do governo com viagens internacionais e sobre a gestão de recursos do INSS, levantando questionamentos sobre prioridades orçamentárias.
Enquanto isso, a base governista sustenta que programas sociais como o Bolsa Família são fundamentais para a redução da pobreza extrema e a redistribuição de renda no país.
