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Julgamento de Ives Gandra na OAB-SP é suspenso após pedido de vista

O julgamento de um recurso contra o arquivamento da representação movida contra o jurista Ives Gandra Martins foi suspenso nesta segunda-feira (20) pela seccional paulista da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP), após pedido de vista apresentado por um dos conselheiros. Ainda não há previsão para a retomada da análise.

A representação foi protocolada pela Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e pelo Movimento Nacional de Direitos Humanos (MNDH), que acusam Gandra de incitação ao golpe de Estado, com base em documentos apreendidos pela Polícia Federal no celular de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. Os arquivos contêm declarações do jurista sobre possíveis caminhos para uma intervenção militar no país.

A OAB-SP arquivou o processo por entender que Gandra não cometeu infração ética e teria apenas expressado “convicções jurídicas”. Inconformadas, as entidades recorreram da decisão, argumentando que houve omissão na análise de pontos centrais, como a tempestividade do recurso — se foi protocolado dentro do prazo.

Durante a sessão, os advogados Carlos Nicodemos, Maria Fernanda Fernandes e Lucas Arnoud defenderam que seus argumentos não foram devidamente apreciados. O relator do caso, conselheiro Cesar Amendolara, no entanto, rejeitou as alegações e sustentou que não houve contradições ou falhas na decisão anterior.

O julgamento foi interrompido após um debate acalorado, com o conselheiro Ivan Bueno pedindo vista do processo. Até o momento, não há nova data para a continuidade da deliberação.

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