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2º dia de julgamento de Bolsonaro no STF tem críticas a Moraes e à delação de Mauro Cid

O segundo dia do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a suposta tentativa de golpe de Estado foi marcado, nesta quarta-feira (3), por críticas ao ministro Alexandre de Moraes e à delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid.

Falaram os advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e dos generais Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto. Os defensores dos demais réus — Alexandre Ramagem, Almir Garnier, Anderson Torres e Mauro Cid — se manifestaram no primeiro dia de julgamento.

A análise está a cargo da Primeira Turma do STF, composta por Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Cristiano Zanin, Flávio Dino e Luiz Fux. O julgamento será retomado na próxima terça-feira (9), às 9h, com o voto do relator Alexandre de Moraes.

Defesa de Augusto Heleno

O advogado Matheus Mayer Milanez afirmou que Moraes tem atuado como “juiz inquisidor” e pediu a absolvição do ex-ministro do GSI, sustentando que o magistrado teria assumido papel de protagonista no processo.

Defesa de Jair Bolsonaro

O advogado Celso Vilardi argumentou que não há provas ligando Bolsonaro ao chamado “Punhal Verde e Amarelo”, à “Operação Luneta” ou aos atos de 8 de Janeiro. Outro defensor, Paulo Bueno, questionou o enquadramento das condutas nos crimes de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito, alegando que não houve violência ou grave ameaça.

Defesa de Paulo Sérgio Nogueira

O advogado Andrew Farias sustentou que o general tentou convencer Bolsonaro a desistir de medidas de exceção e destacou ataques sofridos por ele nas redes sociais como indícios de que não fazia parte da trama.

Defesa de Walter Braga Netto

O advogado José Luís Oliveira Lima contestou a validade da delação de Mauro Cid, afirmando que o ex-ajudante de ordens mentiu e que a colaboração teria vícios, por não contar inicialmente com participação do Ministério Público Federal. Ele defendeu a absolvição do ex-ministro da Casa Civil e candidato a vice-presidente em 2022.

Críticas à delação

Um ponto comum entre as defesas foi a tentativa de descredibilizar a delação premiada de Mauro Cid, considerada frágil e contraditória pelos advogados. Parte da ação penal, no entanto, tem como base os depoimentos prestados pelo ex-ajudante de ordens.

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